População moçambicana afetada aumenta para 794 mil com 447 mortos

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O número de pessoas afetadas pelo ciclone Idai continua a aumentar. Esta segunda-feira as autoridades anunciaram uma subida de 50 por cento, com 794 mil pessoas a precisar de ajuda. O número de mortos aumentou para 447, mais um face ao balanço de domingo.

A informação foi divulgada pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), que esclarece que nem toda a população afetada está em risco de vida.

Celso Correia, ministro moçambicano da Terra e do Ambiente, explicou no domingo que esta contagem se refere maioritariamente a pessoas que “perderam as casas” ou que se encontram em zonas isoladas e que precisam de assistência. Até ao momento, as autoridades registaram um total de quase 37 mil casas completamente destruídas.

Num briefing realizado esta segunda-feira, o ministro avançou que já foi estabelecido um “canal de abastecimento por via marítima” e que a maioria das áreas onde é necessária assistência já está mapeada.
 
“Há muita comida, alimentação (…) e ainda hoje esperamos estabelecer sistemas móveis de abastecimento de água em Búzi”, uma das zonas mais afetadas, declarou Celso Correia.
 
Um avião fretado pela Cruz Vermelha chegou ao início da manhã desta segunda-feira a Moçambique, transportando 35 toneladas de medicamentos e alimentos e ainda um hospital de campanha com 19 voluntários, entre médicos e enfermeiros. 
 
Com o aumento do número de salvamentos, os centros de acolhimento continuam a encher e estão já registadas 128.941 entradas, das quais cerca de 6.500 dizem respeito a pessoas vulneráveis, como grávidas, idosos e crianças. 
 
Por: RTP