Um homem de 41 anos foi encontrado preso numa cave, sem condições de higiene, em Cascais, Portugal.
O homem é um cabo-verdiano de 41 anos que tem problemas psiquiátricos e foi posto em cativeiro pela sua própria família.
A noticia foi avançado pelo jornal português ‘Publico’ que escreve que, a vítima estaria encarcerada numa espécie de cativeiro há pelo menos oito anos. A mãe é classificada pelos vizinhos com sendo uma pessoa de poucas palavras. “É um demónio” diz uma vizinha ao referido jornal.
Há cerca de 20 anos a mesma família, composta pela mãe, companheiro e dois filhos, já tinha sido antes sinalizada pela Guarda Nacional Republicana portuguesa (GNR), após diversas queixas por alegadas agressões.
A mãe conta que resolveram prender o filho atrás de um portão de ferro fechado com correntes e um cadeado “para o proteger”. Entretanto, os vizinhos, escreve aquele diário português, recordam uma criança que, tal como os seus amigos, ia à escola e brincava na rua. Não há memória de agressividade.
“O desaparecimento da vítima suscitou alguma curiosidade nesses vizinhos, mas não a suficiente para querer saber mais. Corria a versão de que estava institucionalizado, por vontade da família. Ninguém imaginaria que o cativeiro naquela casa cinzenta era a sua instituição”, diz o site.
O homem foi salvo pelo próprio sofrimento. Os vários gemidos ouvidos pelos militares da Guarda Nacional Republicana (GNR), que tinha sido chamada ao local após mais um incidente com agressões envolvendo aquela família e a comunidade, levaram à descoberta do homem dentro de uma “ cave suja, escura, doentia”.
A mãe da vítima, uma mulher de 60 anos, estava na rua com uma catana a ameaçar as pessoas. Esta foi detida e encaminhada para um hospital. Suspeita-se que sofre de perturbações mentais.
Ao entrar em casa da agressora, uma moradia mesmo junto à estrada, a polícia encontrou o homem de 41 anos numa cave com a porta gradeada. As condições de degradação da habitação, que indiciavam um caso de saúde pública, levaram as autoridades a accionar o serviço municipal de protecção civil e a chamar o delegado de saúde.
“Na casa, dispersavam-se armas como catanas e facas. Talvez usadas para segurar e ameaçar ou agredir o prisioneiro”, reporta o jornal.
A família, oriunda de Cabo Verde, vive em Portugal há duas décadas