Portugal liderou no Investimento Direto Estrangeiro (IDE) em Cabo Verde em 2020, que passou de valores negativos no ano anterior para 13,2 milhões de euros, segundo dados provisórios do banco central cabo-verdiano.
De acordo com dados de um relatório do Banco de Cabo Verde (BCV) consultado hoje pela Lusa, globalmente, o IDE no país caiu 32,5% em 2020, para cerca de 7.080 milhões de escudos (63,6 milhões de euros), impacto justificado com os constrangimentos provocados pela pandemia de covid-19.
Depois de um registo negativo, de desinvestimento, de -907,4 milhões de escudos (-8,1 milhões de euros) em 2019, o IDE de Portugal em Cabo Verde voltou a liderar em 2020, totalizando praticamente 1.478 milhões de escudos (13,2 milhões de euros), dos quais 730,8 milhões de escudos (6,5 milhões de euros) no turismo e imobiliária turística, segundo o mesmo relatório.
Segue-se o IDE de Espanha, que disparou 39% face a 2019, para mais de 1.249 milhões de escudos (11,2 milhões de euros) em 2020, enquanto o investimento angolano diminui para 242,1 milhões de escudos (2,1 milhões de euros) e o chinês caiu para 215,8 milhões de escudos (1,9 milhões de euros).
No histórico do IDE em Cabo Verde, Portugal e Espanha lideram há vários anos.
De acordo com dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, a comunidade portuguesa em Cabo Verde desenvolve atividades nas áreas do comércio, incluindo a distribuição alimentar e de bebidas, na hotelaria e restauração, na construção civil e metálica, entre outros.
Os investimentos de Espanha no arquipélago prendem-se sobretudo com o setor das pescas e da hotelaria.
Por: Lusa