Os preços da oferta turística diminuíram em termos homólogos menos 6,3% no quarto trimestre de 2018, indicou ontem o INE, acrescentando que se registou uma diminuição em menos 7,8 pontos percentuais, face ao valor registado no trimestre anterior.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, o movimento dos preços dos hotéis, com uma contribuição de menos 6,3 pontos percentuais (p.p), foi determinante para este comportamento do Índice de Preços Turísticos (IPT), tendo as restantes componentes dos serviços de alojamento (aldeamentos turísticos, pensões e residenciais) apresentado contribuições igualmente negativas, mas muito moderadas.
De acordo com o relatório do INE, a que a Inforpress teve acesso, no conjunto, os serviços de alojamento, que correspondem a 72,7% da despesa turística, apresentaram uma contribuição para a taxa de variação homóloga trimestral do IPT de menos 6,501 p.p. foi “determinante para o movimento global em termos homólogos do indicador”.
Os serviços de restauração, cujo peso representa cerca de 26,3% da despesa turística em conjunto, apresentaram uma contribuição positiva (0,244 p.p.) com comportamento de sinal distinto dos restaurantes (0,267 p.p.) e dos cafés, bares e similares (-0,024).
O INE aponta, ainda, que, em 2018, o IPT apresentou uma variação média de 0,1% face ao ano anterior que ilustra que o nível médio de preços destes serviços se manteve praticamente idêntico ao de 2017.
“Desde o início da série, este é o crescimento mais moderado que foi observado”, acrescenta o INE, observando que com excepção do Sal e da Boa Vista, que apresentaram variações positivas, embora pouco intensas, as restantes ilhas apresentaram níveis médios de preços inferiores aos do ano transacto. Santiago registou a maior quebra no nível médio de preços (-0,4%).
O Índice de Preços Turísticos (IPT) é um indicador que tem por finalidade medir a evolução no tempo dos preços de um conjunto de bens e serviços considerados representativos da estrutura de consumo dos turistas.
Por: Inforpress