Os preços dos produtos importados em Março de 2017 aumentaram 5,2%, valor superior em 4,2 pontos percentuais (p.p.) face ao registado no mês de Fevereiro deste ano.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmaram também que a taxa de variação mensal dos preços dos produtos exportados fixou-se em 3,2% em Março de 2017, aumentando 1,1 p.p. face ao valor registado no mês anterior.
A taxa de variação mensal registada pelo Índice de Termos de Troca (ITT) foi de -1,9%, valor inferior em 3,0 p.p. face ao registado no mês anterior, revelam os dados do INE.
De acordo com o INE, em Março de 2017 o índice de preço da importação situou-se em 88,5 tendo conhecido um acréscimo de 5,2% relativamente ao mês de Fevereiro.
Os índices, subjacente e volátil na importação, verificaram em Março de 2017, acréscimos de 4,4% e 7,3%, respetivamente, face ao mês de Fevereiro de 2017.
Por destino económico dos bens, as categorias que contribuíram para a subida de preços foram: “Bens de Consumo” (3,1%). A subida dos preços justifica-se com o aumento dos preços de “outros bens de consumo não duradouros” (42,7%) e “material de transporte” (9,4%).
Na categoria de “bens intermédios” (5,4%): a subida dos preços justifica-se, essencialmente, com o aumento dos custos de “Peças para material de transportes” (26,4%) e “Produtos transformados para a construção” (6,4%).
Em relação aos “combustíveis” (8,6%), justifica-se com o aumento da única subcategoria denominada “combustíveis1” (8,6%).
Por outro lado, a subida de preços na importação foi atenuada pela seguinte categoria: “Bens de capital” (-3,1%) que se deveu a descida de preços de “automóveis para uso particular” (-9,6%).
Nas importações por principais secções do SH, registaram-se aumentos mais expressivos de preços nas secções: V – produtos minerais (8,3%), VI – produtos das indústrias químicas ou das indústrias conexas (28,5%), XV – metais comuns e suas obras (13,8%) e XVI – máquinas e aparelhos, material elétrico, e suas partes; aparelhos (6,9%).
As diminuições de preços de maior relevância observaram-se nas secções: II – produtos do reino vegetal (-9,2%), III – gorduras e óleos animais ou vegetais, produtos da sua dissociação gorduras alimentares elaboradas, cerras de origem animal ou vegetal (-1,7%) e XI – matérias têxteis e suas obras (-4,1%).
Estas diminuições contribuíram para atenuar a evolução positiva do Índice Global da importação, segundo a Instituto Nacional de Estatística.
Em termos de variação homóloga em Março de 2017, o índice de preço da importação aumentou 18,3%, relativamente ao mês de Março de 2016.
Os índices, subjacente e volátil na importação, verificaram em Março de 2017, acréscimos de 25,5% e 3,4%, respectivamente, face ao mês homólogo de 2017.
Quanto aos índices de preços da exportação o INE confirma que no mês de Março de 2017, situou-se em 65,5, correspondendo a um acréscimo de 3,2% face ao mês anterior.
Os índices, subjacente e volátil na exportação, verificaram em Março de 2017, acréscimos de 3,3% e 2,5%, respetivamente, face ao mês Fevereiro de 2017.
Relativamente à taxa de variação homóloga do índice de preço das exportações situou-se em -9,6%, no mês de Março de 2017.
O índice subjacente na exportação verificou, em Março de 2017, um decréscimo de 11% face ao mês homólogo de 2016.
Por outro lado, o índice volátil na exportação aumentou 23,2% face ao mês de Março de 2016, revelam os dados do INE.
Durante o período em análise, registou-se uma deterioração nos índices de termos de troca, com uma diminuição global de 1,9%, comparativamente ao mês anterior, diz o INE no documento divulgado.
Fonte: Inforpress