Presidente ARC: Há jornalistas cabo-verdianos licenciados que recebem dez contos por mês

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A presidente da Autoridade Reguladora da Comunicação Social (ARC), Arminda Barros, reiterou ontem, quinta-feira, que há jornalistas a receberem muito abaixo do salário mínimo, que é de 13 mil escudos.

Arminda Barros fez estas considerações na Comissão Especializada do Parlamento para  Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos, Segurança e Reforma do Estado (CEACDHSRS), ao ser ouvida ontem sobre o funcionamento dos órgãos de comunicação social.

Em declarações à imprensa à margem da audição na CEACDHSRS, a primeira responsável da ARC reconheceu que os órgãos de imprensa privados vivem uma “situação económica difícil”, destacando que aqueles que não têm dívida para com terceiros têm problemas com o fisco ou então a previdência social.

“Há jornalistas que recebem dez contos por mês e isto não é salário, mas sim uma gratificação”, lamentou a presidente da Autoridade Reguladora da Comunicação Social, interrogando-se como é que uma pessoa que já concluiu a Universidade pode estar a ganhar dez mil escudos mensais.

Sobre as rádios comunitárias, admitiu que nenhuma delas dispõe de dinheiro para pagar o básico, como o telefone, luz e água e, de acordo com ela, “felizmente, todas estão acomodadas em instituições como ONG ou câmaras municipais”, onde não pagam rendas.

Por: Inforpress