Volodymyr Zelensky pede que a próxima quarta-feira seja um “dia de união” para os cidadãos ucranianos. A embaixada dos Estados Unidos da América em Kiev vai encerrar e os funcionários serão transferidos para Lviv.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou esta segunda-feira que foi informado de que a invassão russa no país está prevista para a próxima quarta-feira, dia 16 de fevereiro, e pediu “união” aos cidadãos ucranianos.
O chefe de Estado dirigiu-se “ao grande povo” do seu país através de um vídeo publicado na rede social Facebook, onde lembrou os “sérios desafios externos e internos” que a Ucrânia enfrenta.
“Estamos intimidados com uma grande guerra e definimos mais uma vez a data da invasão militar. Esta não é a primeira vez. Mas o nosso Estado está mais forte hoje do que nunca“, afirmou.
Zelensky afirma que o país “luta pela paz” e o objetivo é “resolver todas as questões exclusivamente através de negociações”, mas frisa que a Ucrânia tem um “exército incrível”, com “uma experiência de guerra única” e “mais forte do que há oito anos [na invasão russa à Crimeia]”.
“Dizem-nos que 16 de fevereiro será o dia da invasão. Vamos fazer dele um dia de união. O decreto já foi assinado. Esta tarde vamos pendurar bandeiras nacionais, colocar fitas azuis-amarelas e mostrar ao mundo a nossa unidade”, acrescentou.
O presidente recordou as vítimas mortais dos conflitos com a Rússia e frisou: “Não vamos trair as suas memórias”. “Amo a Ucrânia! Estamos em paz! Nós somos fortes! Estamos juntos!”, terminou.
O dia 16 de fevereiro já tinha sido apontado pelo presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, aos países da Aliança Transaltlântica, segundo avançou no sábado o jornal Politico.
Segundo a publicação, Biden disse aos seus homólogos que, na opinião norte-americana, a “invasão” poderia ser precedida por ataques com mísseis e ciberataques.
Já esta segunda-feira, o departamento de Estado dos EUA confirmou que o país vai encerrar a embaixada em Kiev devido ao receio de uma invasão russa. Os funcionários serão transferidos para Lviv, a cerca de 70 quilómetros da Polónia.
“Estamos no processo de relocalização temporária das nossas operações diplomáticas de Kiev para Lviv, dada o grande aumento de tropas russas na fronteira”, disse Anthony Blinken, secretário de Estado dos Estados Unidos da América, citado pelo Wall Street Journal.
Por: Noticias ao Minuto
