Cabo Verde registou, entre de finais de Dezembro de 2016 a esta data, 23 casos de dengue confirmados.
A informação foi avançada pela directora do Serviço de Vigilância e Respostas às Epidemias da Direcção Nacional de Saúde, Maria de Lurdes, que disse que os casos registados durante o ano 2017 teve o seu pico na semana dois, com oito casos confirmados, sendo que na semana quatro ter sido apurado uma baixa, com o registo de quatro casos.
A responsável do Serviço de Vigilância e Respostas às Epidemias realçou o facto de o país não ter notificado nenhum caso da doença desde 2011, sublinhando que, devido a registo de casos em Dezembro, as instituições de saúde, por questão de prevenção, estão a fazer colheitas de sangue para exames detalhados.
“Neste momento, estão a trabalhar no laboratório de Achadinha especialistas do Instituto Pasteur de Dakar para ajudar na realização dos exames e reforçar a questão de vigilância e respostas”, frisou.
No que respeita a Zika, Maria de Lurdes asseverou que, em 2016, foram notificados um 870 casos, contra 6.743 ocorridos em 2015. Desde o mês de Junho de 2016, revela, que não foram notificados casos de Zika no país.
Quanto ao paludismo, a responsável do Serviço de Vigilância e Respostas às Epidemias lembrou que no ano passado foram registados 47 casos autóctones e 28 importados, totalizando 75 casos.
A apesar desse número, Maria de Lurdes esclareceu que, do ponto de vista epidemiológico, o registo de maior importância refere-se a casos adquiridos localmente.
Informou ainda, que todos os casos de paludismo foram registados no concelho da Praia, sendo Fonton a zona com o maior, ou seja, com 23% dos casos notificados. Em 2017,foi notificado a existência de um caso em finais de Janeiro.
“O paludismo é uma doença que se regista com maior incidência na época das chuvas, por isso, é preciso que a população esteja atenta e põe em prática os avisos de prevenção”, frisa.
Ainda segundo Maria da Lurdes, a pré-eliminação do paludismo em Cabo Verde é um facto, pois, o arquipélago não tem registado casos elevados por números de habitantes, como recomenda a OMS.
No entanto, apela à população a se consciencializarem sobre a questão de prevenção e de luta contra o mosquito Aedes Aegypti, no sentido de ter o meio ambiente mais limpo e saudável para que não haja criação de larvas.
Este repecto da responsável do Serviço de Vigilância e Respostas às Epidemias vai ainda ao encontro da necessidade de se melhorar o ambiente para que o país possa proteger o turismo, considerado como maior sector de desenvolvimento.
Maria de Lurde vincou que é preciso uma “atitude de cada um de nós”, assim como das instituições para que “possamos controlar ou eliminar casos de doenças provocadas pelo mosquito Aedes Aegypti”.
Fonte: Inforpress