O Al-Ahly, ex-equipa de Manuel José, e o Zamalek, com Jaime Pacheco ao comando, disputam sexta-feira no Cairo, casa dos dois gigantes do Egito, uma inédita final da Liga dos Campeões africanos de futebol que promete paixões exacerbadas.
O Estádio Internacional do Cairo será o palco da final da 56.ª edição e não terá nas bancadas os cerca de 75.000 espetadores que poderia ter, mas apenas entre 5.000 e 10.000, culpa da pandemia da covid-19, igualmente responsável por o jogo não se ter disputado em 29 de maio, em Douala, nos Camarões.
Mesmo com menos público, está garantida a emoção para a final 24 na “era Champions”, iniciada em 1977, que será a primeira entre equipas do mesmo país e a segunda decidida em apenas um jogo, replicando a edição inaugural (1964/65).
Na qualidade pentacampeão egípcio em título e recordista de vitórias na prova, com oito cetros, metade dos quais arrebatados sob o comando de Manuel José, que ganhou em 2001, 2005, 2006 e 2008, e só perdeu em 2007, virando “Deus” para os adeptos, o Al-Ahly surge com maior dose de favoritismo.
Por seu lado, o Zamalek, fundado em 5 de janeiro de 1911 e vencedor da prova em cinco ocasiões (1984, 1986, 1993, 1996 e 2002), pode agarrar-se à recordação mais recente, ao último encontro entre ambos, que venceu em casa, por 3-1, para a 21.ª jornada do campeonato egípcio de 2019/20, em 22 de agosto.
O encontro entre o Al-Ahly, que não perdeu nenhum dos últimos 17 jogos (14 vitórias e três empates), e o Zamalek, invicto na ‘era’ Jaime Pacheco (sete triunfos e uma igualdade), realiza-se na sexta-feira, às 19h00 (em Lisboa), no Cairo, capital do Egito, país que já tem como certa a 15.ª conquista continental.