O Turismo sexual, trabalho infantil doméstico e nas ruas e baixos salários a imigrantes da costa ocidental africana continuam a prevalecer em Cabo Verde.
Segundo o relatório sobre o trabalho sexual e forçado no mundo divulgado esta segunda-feira pelo Departamento de Estado americano, Cabo Verde não cumpre integralmente os padrões mínimos para a eliminação do tráfico, apesar de realizar “esforços significativos” para combater esse mal.
Em Santa Maria (Sal), Mindelo, (São Vicente) e Praia (Santiago) são as cidades onde meninos e meninas são mais exploradas sexualmente visto que Cabo Verde é um país de origem, trânsito e destino de crianças submetidas ao trabalho sexual.
O Departamento de Estado americano aponta o dedo principalmente ao envolvimento de crianças no trabalho infantil, “durante longas horas e, por vezes, com indicadores de abuso físico e sexual”, seja através da mendicidade, seja através da venda ambulante, lavagem de carros, recolha de lixo e na agricultura.
De país de origem de emigrantes, o arquipélago passou a destino de muitos cidadãos dos países da Cedeao, principalmente da Guiné-Bissau, Senegal, Nigéria, e da China.
Entretanto, diz o relatório, a grande maioria aufere baixos salários, trabalham sem contrato e são, em muitos casos, alvo de trabalho forçado.
O Departamento de Estado americano vai ainda mais longe, na sua avaliação, e considera que Cabo Verde não cumpre integralmente os padrões mínimos para a eliminação do tráfico, apesar de realizar “esforços significativos” nesse sentido.
O Governo americano “recomenda” a promulgação de uma legislação que proíba todas as formas de tráfico de pessoas, com punições rigorosas, bem como a “investigar vigorosamente e processar crimes de tráfico”.
Entre outras medidas, apontam-se a criação de uma base de dados sobre o tráfico humano sexual, a aprovação de um plano nacional de combate a este flagelo e a extensão do mandato dos inspectores aos sectores informais da economia.
Fonte: Voz da América