A criação de emprego nos Estados Unidos abrandou mais do que era esperado em outubro e a taxa de desemprego subiu ligeiramente para 3,9%, indicou hoje o Departamento do Trabalho.
Em outubro foram criados 150.000 empregos, menos do que o esperado e quase metade do número de setembro (297.000). A taxa de desemprego em setembro tinha ficado em 3,8%.
Os analistas previam a criação de 175.000 postos de trabalho.
O abrandamento deve-se principalmente à greve nos três grandes construtores automóveis norte-americanos, que se refletiu num recuo do emprego na indústria transformadora, segundo o comunicado divulgado pelo Departamento do Trabalho.
A greve no setor automóvel promovida pelo sindicato United Auto Workers (UAW) na General Motors (GM), Ford e Stellantis manteve paralisada durante várias semanas grande parte da atividade e só terminou esta semana quando foram alcançados acordos que garantem melhores salários e mais benefícios para os trabalhadores.
Os setores da saúde, assistência social e os empregos públicos foram os mais dinâmicos, de acordo com os dados divulgados.
Nos últimos dois anos, os Estados Unidos têm enfrentado uma escassez de mão-de-obra, o que levou a um aumento dos salários, que em parte contribuiu para a elevada taxa de inflação.
Para travar a inflação, a Reserva Federal (banco central) subiu sucessivamente as taxas de juro, mas nas duas últimas reuniões optou por fazer pausas no ciclo de subidas, continuando a seguir a evolução dos preços e a situação do mercado laboral.
Por: Lusa