A taxa de prevenção do VIH/Sida nos jovens em Cabo Verde é “muito alta” comparado com outros países da sub-região e ronda os 75%, revelou a representante do secretariado executivo do Comité de Coordenação do Combate à Sida (CCS/Sida).
Maria Celina Ferreira, que falava à Inforpress no âmbito do Dia Internacional da Luta Contra Sida, assinalado a 01 de Dezembro, sob o lema “Conheça o seu estado serológico ao VIH! Conhecimento é poder”, avançou que estes dados foram recolhidos em 2012, após o inquérito APIS.
Segundo a representante do CCS/Sida, o Inquérito Aids Prevention Survey Indicators (APIS, sigla em inglês), realizado em 2012, indicou ainda, que neste grupo 71.3 por cento (%) homens e 61.7% de mulheres declararam conhecer todos as formações de prevenção de VIH/Sida e de tratamento da doença.
“Isso nos encoraja muito, pois, a taxa a nível do país revela que mais de 90% da população cabo-verdiana sabe como prevenir e como o vírus se transmite”, realçou.
No entanto, um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), publicado dia 29, alerta para o facto de que 360 mil adolescentes podem vir a morrer de Sida ou doenças relacionadas caso não haja progressos na investigação, prevenção e tratamento da doença até 2030.
O número de novas infecções na população até aos 19 anos, com base em projecções e tendências actuais, é estimado em 270 mil em 2030, o que representa uma queda de um terço em relação ao actual, segundo o relatório “Crianças, HIV e SIDA: O mundo em 2030”, publicado dois dias antes do Dia Mundial de Combate à Sida.
As mortes em crianças e adolescentes devido à SIDA ou doenças relacionadas também cairão dos atuais 119 mil para 56 mil em 2030, o ano estabelecido pela ONU para erradicar a doença.
O relatório revela ainda, que cerca de 700 adolescentes, no mundo, entre 10 e 19 anos são infectados todos os dias com o vírus da Sida (Vírus da Imunodeficiência Humana – VIH).
De acordo com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, até 2030 o número de novas infecções em crianças durante sua primeira década de vida deve baixar para metade e em 29% na população entre os 10 e os 19 anos.
Actualmente, três milhões de crianças e adolescentes vivem com o VIH no mundo e mais de metade estão no Sul e no leste da África.
Por: Inforpress






