Uma tentativa de golpe de Estado no Gabão terminou esta segunda-feira com a detenção de vários militares alegadamente envolvidos, referiu um porta-voz do Governo. “O Governo está em funções. As instituições estão no lugar”, declarou.
O mesmo porta-voz apontou que quatro dos cinco oficiais que tinham ocupado a emissora nacional de rádio estão agora sob custódia. Um quinto está em fuga.
Eram 4h30 em Libreville (3h30 em Lisboa) quando um grupo de soldados apelou na sede da televisão estatal, e gravou para as redes sociais, a um “levantamento” popular contra o presidente Ali Bongo, que se encontra em Marrocos a recuperar de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Ladeado por dois outros militares da Guarda que geralmente protege o Presidente, um jovem que se identificou como tenente Kelly Ondo Obiang, começou a ler a mensagem em que anunciava um “Conselho de Restauração Nacional”.
Na mesma zona da capital do Gabão, eram disparados tiros. Tanques e veículos armados eram avistados nas ruas de Libreville.
Obiang, que também se apresentou como líder do grupo Movimento Patriótico Juvenil das Forças de Segurança do Gabão e vice-comandante da Guarda Republicana, afirmava que tomara o poder “para restaurar a democracia” no Gabão – país rico em petróleo -, apelando às pessoas para “assumirem as rédeas do seu destino”.
“O dia ansiosamente esperado chegou quando o exército decidiu colocar-se ao lado do povo para salvar o Gabão do caos”, afirmou. “Se você está a comer, pare; se está a tomar uma bebida, pare; se está a dormir, acorde. Acorde os seus vizinhos … levante-se como um só e assuma o controle da rua ”, acrescentou.
Depois, instigava a ocupação dos aeroportos, edifícios públicos e organizações de comunicação social do país.
Cerca de 300 pessoas concentraram-se em frente à sede da televisão estatal, para apoiar os soldados, refere a Reuters. No entanto, foram dispersados com gás lacrimogéneo.
Cerca de 300 pessoas concentraram-se em frente à sede da televisão estatal, para apoiar os soldados, refere a Reuters. No entanto, foram dispersados com gás lacrimogéneo.
O ministro gabonês das Comunicações considerou que se trata de “um grupo de brincalhões e (que) a hierarquia militar não os reconhece”.
Tentativa debelada
O grupo de militares rebeldes não obteve o apoio do topo hierárquico do Exército, e a tentativa de golpe terá sido debelada pelas forças leais ao Governo.
Citado pela agência France Presse, o porta-voz do Governo do Gabão afirma que a “calma regressou” ao país e que a “situação está sob controlo”.
Guy-Bertrand Mapangou explicou que as forças de segurança foram deslocadas para Libreville, onde vão permanecer nos próximos dias para garantir a ordem.
De acordo com Mapangou, as fronteiras do país vão continuar. O porta-voz atribuiu ainda aos cidadãos os disparos escutados na capital durante a madrugada.
Citado pela agência France Presse, o porta-voz do Governo do Gabão afirma que a “calma regressou” ao país e que a “situação está sob controlo”.
Guy-Bertrand Mapangou explicou que as forças de segurança foram deslocadas para Libreville, onde vão permanecer nos próximos dias para garantir a ordem.
De acordo com Mapangou, as fronteiras do país vão continuar. O porta-voz atribuiu ainda aos cidadãos os disparos escutados na capital durante a madrugada.
Família Bongo no poder do Gabão há 50 anos
O Gabão é governado pela família Bongo há mais de 50 anos.
Ali Bongo “herdou” a presidência da República do pai, Omar Bongo, que governou o país durante 41 anos. Foir eleito em agosto de 2009 numas eleições contestadas e marcadas por violência.
O Gabão é governado pela família Bongo há mais de 50 anos.
Ali Bongo “herdou” a presidência da República do pai, Omar Bongo, que governou o país durante 41 anos. Foir eleito em agosto de 2009 numas eleições contestadas e marcadas por violência.
A oposição de uma “deriva autoritária” e uma “personalização do poder”.
Ali Bongo dirigiu-se recentemente ao país numa mensagem de Ano Novo, acamado, a partir de um hospital em Marrocos.
Ali Bongo dirigiu-se recentemente ao país numa mensagem de Ano Novo, acamado, a partir de um hospital em Marrocos.
Por: Lusa





