O presidente da UCID declarou hoje, no Mindelo, que o seu partido é contra “qualquer aumento de salário” da classe política, enquanto não for redefinida uma estrutura salarial a nível nacional, que traduza o equilíbrio.
João Santos Luís, que lidera a União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição), falava em conferência de imprensa e reforçou que enquanto estiver à frente dos democratas cristãos irá posicionar-se “sempre contra” a revisão da tabela salarial da classe política.
“A posição da UCID desde 2014, depois do MAC2014, é clara, ou seja, o partido não vai ceder e nem se posicionar a favor sobre a matéria enquanto a situação dos trabalhadores cabo-verdianos não for resolvida, e é por isso mesmo que temos vindo a pedir ao Governo uma redefinição da tabela salarial, que traduza um equilíbrio salarial a nível do País”, argumentou.
O também deputado eleito pelo círculo eleitoral de São Vicente nas listas da UCID reconheceu ainda que os votos do seu partido na actual legislatura podem “não ter nenhum impacto” na aprovação de uma eventual lei que possa ir ao parlamento sobre a revisão salarial da classe política.
“Sabemos que os nossos votos nesta legislatura podem não ter impacto a nível da aprovação, mas terão um impacto político muito forte”, precisou João Santos Luís.
A questão salarial da classe política veio à tona recentemente quando foi publicada uma resolução do Conselho de Ministros que autorizava aumentos salariais a cinco altos quadros do Banco de Cabo Verde (BCV).
Nas reacções, o Presidente da República, José Maria Neves, defendeu a revisão da política salarial do Estado para evitar “incongruências e injustiças gritantes” e para impedir “pôr em crise” todo o sistema de mérito que deve nortear o funcionamento do Governo, ao passo que o líder parlamentar do Movimento para a Democracia (MpD, poder), Paulo Veiga, declarava que, em Cabo Verde, “os políticos ganham mal”.
Por: Inforpress





