O presidente da UCID, António Monteiro, anunciou hoje, no Mindelo, que a prioridade do seu partido é tentar “desfazer o funcionamento bimensal” da Assembleia Nacional, mal entre em funcionamento a comissão eventual para a reforma do parlamento.
O líder da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição), que falava em conferência de imprensa, hoje no Mindelo, considerou que o modelo actual de funcionamento da Assembleia Nacional “não trouxe nenhuma mais-valia” ao sistema.
“A UCID vai levantar mais uma vez a problemática das sessões bimensais, pois entende que elas estão a criar dificuldades aos partidos e a encarecer as despesas do parlamento”, reforçou a mesma fonte.
Na antevisão da segunda sessão parlamentar do mês de Março, que se inicia esta quarta-feira, António Monteiro abordou ainda o debate com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, sobre a estratégia de desenvolvimento sustentado.
Aqui, Monteiro revelou “grande interesses para o debate”, pois o mesmo, ajuntou, irá permitir aos deputados da UCID questionar sobre as medidas de política que serão levadas em consideração pelo primeiro-ministro para que a estratégia de desenvolvimento sustentável “seja uma realidade”.
Para a UCID, o que conta, sustentou o seu líder, é saber como é que o Governo vai trabalhar para atingir aquilo que preconiza, isto é, declarou, o que prometeu na campanha eleitoral, como “garantir a felicidade aos cabo-verdianos”.
A UCID vai questionar ainda o chefe do Governo se o MpD vai conseguir ou não garantir “tudo o que prometeu”, ou seja, nomeou, atingir os 45 mil postos de trabalho, reduzir os impostos para as empresas, melhorar a segurança nacional, a qualidade dos serviços de saúde e, “acima de tudo” o crescimento económico médio à volta de 7 por cento (%).
Por fim, questionado sobre uma alegada afirmação do vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, num encontro com empresários em São Vicente segundo as quais as únicas prioridades da governação são a educação e a juventude, Monteiro considerou que o governante foi “tremendamente infeliz”.
“Isto porque a responsabilidade do Governo passa por todas as matérias que dizem respeito ao país, desde a Defesa, Saúde, Educação, Desenvolvimento Económico, jovens, crianças e idosos”, lançou António Monteiro, para quem Olavo Correia vai “provavelmente” ter que se justificar perante a população, porque, sintetizou, “se é para isto que servem os governos, perguntamos para quê servem as eleições”, concluiu.
Por: Inforpress