Um colapso gigantesco do flanco oriental da Ilha do Fogo, um dos mais altos e ativos vulcões oceânicos, provocou há cerca de 73 mil anos uma onda marítima com uma dimensão superior a 200 metros.
Agora, um estudo realizado por investigadores portugueses, pertencentes aos departamento de Geologia da Faculdade de Ciencias da Universidade de Lisboa, prova a formação de um “mega-tsunami”, igual ao que aconteceu à 73 mil anos.
Uma onda que deu origem a um “mega-tsunami”, que deve a sua formação ao deslizamento de uma das paredes vulcânicas do vulcão existente na Ilha do Fogo em Cabo Verde.
O estudo agora dado a conhecer foi realizado pelos investigadores Ricardo S. Ramalho, Gisela Winckler, José Madeira, George R. Helffrich, Ana Hipólito, Rui Quartau, Katherine Adena e Joerg M. Schaefer.
As provas foram esta sexta-feira dadas a conhecer através da Science Advances, uma nova revista do grupo editorial Science.
A atividade mais recente ocorreu entre novembro de 2014 e fevereiro deste ano, tendo atingido várias povoações que habitavam na orla vulcânica.
O vulcão atualmente ativo foi reconstruído dentro da cicatriz do colapso criado há 73 mil anos, sendo tão alto e íngreme como o vulcão anterior.
A energia potencial para novo colapso de grandes dimensões continua a existir, pelo que é imprescindível manter a vigilância.
Os investigadores dizem ainda que é necessário reforçar as capacidades de monitorização.